Li & Recomendo: Senhora
Olá caros leitores, após alguns dias sem escrever eis que volto e aproveito o gancho do dia internacional da mulher para recomendar um livro que particularmente gostei bastante de ler_ tudo bem que foi meio imposto, afinal clássicos da literatura geralmente são matéria "obrigatória" na escola, mas compensou porque gostei do que li porque não é sempre que a literatura apresenta heroínas de personalidade tão marcante como é o caso de Aurélia Camargo.Enfim, não vou mais me prolongar no assunto sobre literatura e suas heroínas, pois prefiro deixar postado a resenha que escrevi certa vez para o livro Senhora de José de Alencar. Espero que apreciem a resenha.
No livro Senhora (José de Alencar, Martin Claret – 246 páginas),
o conflito amoroso dos personagens surge entre o choque dos sentimentos e
interesses econômicos.
Aurélia Camargo é o tipo de mulher que não se deixa levar por
circunstâncias justamente por se tratar de uma pessoa senhora de sua vida,
assim, mesmo amando Fernando Seixas, não consegue se esquecer de tudo o que lhe
ocorreu de ruim por causa de tal amor, desse modo acaba por humilhá-lo logo
após casar-se com ele. Esta atitude da personagem demonstra uma clareza de espírito
que causa admiração em qualquer um. Mas, apesar de toda excentricidade de seu
comportamento e relutância em resistir aos impulsos da paixão, a protagonista
mostra algo raro em se ver numa pessoa: o amor verdadeiro e a capacidade de
perdoar.
Fernando Seixas, por sua vez, pode ser considerado um
personagem ambicioso e preocupado em ganhar algum reconhecimento social mesmo
que para isso precise casar-se por conveniência. Todavia, mesmo Seixas tendo se
casado por interesse com Aurélia Camargo, ele tomou essa atitude pensando em
sua família que não poderia ficar desamparada por conta de gastos executados
por ele de maneira impensada.
Diante disso, não se pode considerar Seixas como uma pessoa
egoísta, pois apesar de toda a problemática vivida por ele, observa-se que ele
possui caráter e que, assim como Aurélia, foi vítima de uma sociedade injusta,
totalmente materialista e que julga as pessoas pelas aparências e não pelo que
elas podem oferecer interiormente.
Dessa maneira, chega-se a conclusão de que a condição social
predominante na obra de Alencar retrata um mundo burguês em que o dinheiro,
mais importante que outros aspectos, é determinante quando se trata de
aproximar ou afastar as pessoas.
Parabéns pela resenha Lucy! Muito em breve pretendo ler Senhora. Beijos!
ResponderExcluirOi, Lu!
ResponderExcluirSaudade.
Gostei da resenha.
Bjão!!
Valeu pessoal, que bom que gostaram da resenha. Espero que leiam esse livro assim que tiverem oportunidade.
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