Resenha: Bruxos e Bruxas
Olá leitoras, olha eu aqui de
novo com, claro, uma resenha de livro fresquinha. Bem, talvez muitos me
critiquem ou, sei lá, até concordem comigo após ler a resenha que fiz do tão
aclamado Bruxas e Bruxas. Sinceramente me decepcionei bastante com esse livro e
não o recomendo, tanto que a resenha está marcada somente em livros. Enfim,
antes de qualquer coisa, recomendo a leitura da resenha para a apuração dos
motivos que me fizeram detestar esse livro e sequer cogitar a possibilidade de
continuar a ler a série. Pode ser que esteja pegando pesado demais e ainda
alguém mencione que se trata de um livro voltado para o público juvenil, mas se
todos os escritores que escreverem para os adolescentes os subestimarem dessa
forma, que me desculpem, mas não merecem o dinheiro e o tempo gasto com a
leitura de seus livros.
Depois do sucesso recente da trilogia Jogos Vorazes,
de Suzanne Collins, ficou mais do que claro que os ditos livros distópicos
ainda têm força no mercado editorial tanto quanto tiveram com os aclamados
sucessos e já considerados clássicos da literatura do século XX “Admirável mundo novo”, de Aldous Huxley,
“Laranja Mecânica”, de Anthony
Burgess, e vários outros cuja leitura ainda faz muita gente refletir.
Partindo do pressuposto do sucesso atual de livros
distópicos_ livros que trazem histórias consideradas antíteses da distopia ou
distopias negativas_, chegou ao público brasileiro mais um livro que segue essa
temática: Bruxas e Bruxos (James Patterson, Gabrielle Charbonnet, Novo Conceito,
2013, 286 páginas).
O livro de Patterson em parceria com Charbonnet narra
a história de dois irmãos, Wisteria e Withford Allgood, que da noite para o dia
são arrancados de casa, acusados de conspirarem contra o atual regime político
chamado de Nova Ordem e, para piorar, condenados a morte por bruxaria. Os
irmãos ficam sem saber o que fazer e logo são mandados para a prisão onde
sofrem maus tratos até descobrirem que, de fato, são dois bruxos poderosos.
Aparentemente a história teria tudo para ser boa,
principalmente por misturar fantasia e distopia com uma dose de humor; porém,
conforme a história vai se desenrolando, percebem-se pequenas falhas em seu
discorrer que simplesmente podem incomodar o leitor mais exigente.
Os irmãos Allgood, por exemplo, sequer sabem que uma
ditadura está sendo implementada por um regime autoritário, o que seria um
pouco absurdo a julgar pela truculência como o novo regime age, no entanto,
esse detalhe até poderia ter sido deixado de lado se outros não surgissem, como
o aparecimento e o desaparecimento de personagens secundários dentro da trama,
algo que o leitor só pode reparar muitas páginas depois ou nem reparar já que
faltou no livro uma construção psicológica bem feita dos personagens, assim não
se tem tempo para odiar, gostar ou sentir falta deles, até mesmo porque os
capítulos são tão curtos e carecem tanto
de descrições mais detalhadas de locais e pessoas que torna a história corrida.
Todavia, o ponto central da falta de desenvolvimento de Bruxos e Bruxas está em
seu começo e em seu final; pois o início da narrativa se dá com a apresentação
de seu fim, assim, todos os conjuntos de acontecimentos narrados no decorrer
dos inúmeros capítulos de Bruxos e Bruxas funcionam, na realidade, como
predecessores do primeiro capítulo, mas a questão não é narrar à história de
modo a regrei-la ao seu ponto inicial, mas não explicar como os personagens
chegaram à situação mostrada no primeiro capítulo, o que é algo bastante
frustrante para quem leu o livro esperando descobrir tal questão.
Pode ser que algo que não tenha sido revelado neste
livro seja revelado no volume seguinte da série, porém resta saber se o leitor
decepcionado sentirá vontade de desvendar o aparente mistério e se preparar
para outros talvez, ainda mais se os livros seguintes continuarem com a mesma
linha narrativa extremamente corrida e sem muitos detalhes do primeiro volume
da série Bruxos e Bruxas. É esperar para ler ou não.
Parabéns pela resenha Lucy! Estou ansiosa para ler Bruxos e Bruxas apesar de todas as críticas negativas que tenho visto e espero não me decepcionar. Ah, aproveito para esclarecer a sua dúvida quanto ao livro da Carina Rissi: a segunda edição de Perdida já está à venda e está custando R$27,90 no site da Saraiva: http://www.livrariasaraiva.com.br/produto/4924862
ResponderExcluirBeijo!
www.newsnessa.com
Ah, legal! O livro dela está mais barato no site da saraiva do que no site da própria editora.
ExcluirQuero muito esse livro! Obrigada pela informação Nessa :)
Ah, eu acostumei com James, ele corre muito na narrativa, esquece personagens, deixa umas coisas sem explicar e inventa outras histórias dentro da narrativa que não tem nexo. Não gosto do autor. Mas ele escreveu esse livro bem para quem está acostumado com narrativas de suspense/policial.. Por mais que umas coisas tenham ficado ruins eu curti o livro.. Sua resenha ficou muito boa ;)
ResponderExcluirAbraços
www.entrepaginasdelivros.com
Olá Caíque, obrigada pela visita. Realmente não gostei desse livro e não tenho mais vontade de ler nada do autor, ainda mais se todas as suas histórias forem assim. Dá para ver que é um tipo de literatura comercial que, certamente, não cativa um leitor exigente como eu.
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