Cine & Pipoca: Tempos Modernos
Olá pessoal, fiquei alguns dias sem postar alguma coisa, mas, aproveitando o dia de hoje, postarei uma dica para os amantes do universo cinematográfico. Bom, assisti ao filme indicado neste post uma vez e simplesmente achei bárbaro, não só porque foi o primeiro que assisti do Charlie Chaplin, mas porque a ideia do filme é muito boa (crítica ao capitalismo exacerbado) e é totalmente atemporal, ou seja, serve para os dias de hoje em que o capitalismo está cada vez mais voraz, creio que muito mais do que na época em que se passa o filme (grande crise financeira da década de 30).
Enfim, deixo aos estimados leitores informações sobre o filme além da recomendação para que o mesmo seja assistido, por quem puder, porque é muito bacana mesmo! Espero que gostem da dica :)
Obs: Segundo algumas informações o filme foi, na época de seu lançamento, proibido na Itália e na Alemanha, alguém aí tem dúvidas sobre os motivos? [ironia]
Título Original: Modern Times
Título Nacional: Tempos Modernos
Gênero: Comédia
Direção: Charlie Chaplin
Roteiro: Charlie Chaplin
Elenco: Allan Garcia, Charlie Chaplin,
Chester
Conklin, Hank Mann, Henry Bergman,
Louis Natheaux, Paulette Goddard
Produção: Charlie Chaplin
Fotografia: Ira H. Morgan, Roland Totheroh.
Totheroh
Trilha Sonora: Alfred Newman, Charlie Chaplin
Duração: 89 min.
Sinopse: Um operário (Charlie Chaplin) tenta sobreviver em
meio ao capitalismo desenfreado e ao constante ritmo frenético da linha de
produção de uma entre tantas indústrias localizadas no centro urbano de uma
grande metrópole. Contudo, esse mesmo operário, alienado pela crescente
necessidade de adequar-se ao sistema capitalista, onde o lucro, acima de
qualquer coisa, é mais importante do que as vidas humanas, acaba passando por
uma crise nervosa, devido ao regime de semiescravidão ao qual é submetido por
causa das longas horas trabalhadas, sendo hospitalizado e, após receber alta
médica, ficando sozinho e desempregado, uma vez que a crise financeira levou
muitas fábricas à falência.
Paralelo o drama do operário, uma jovem se vê
incumbida de roubar alimentos para suprir a fome das irmãs menores e do próprio
pai que, assim como tantos outros, também se vê desempregado em decorrência da
crise financeira. Logo quando o pai da jovem morre numa manifestação, agentes
do governo vão buscá-la juntamente com suas irmãs menores, porém a jovem foge e
passa a viver nas ruas. Enquanto isso, o operário desempregado (Chaplin), acaba
sendo confundido com um líder comunista, sendo preso pela polícia. Ironicamente
o operário sente-se mais bem acolhido na prisão, assim, quando acaba solto por
boa conduta, começa a fazer de tudo para voltar ao local onde se sentiu tão bem
até que se envolve numa confusão onde decide se entregar as autoridades no
lugar da jovem órfã que havia fugido da polícia para viver nas ruas.
Operário e jovem órfã se apaixonam e, em meio ao
choque entre classes, a pobreza e ao aumento da criminalidade, ambos decidem
tentar sobreviver no crescente caos da crie financeira até que, mais uma vez,
acabam fugindo das autoridades logo após a polícia ter reconhecido, num salão
de música, a jovem a quem estavam procurando há algum tempo.
Crítica
Tempos Mornos é considerado um marco do cinema, não
só por ter a brilhante atuação de Charlie Chaplin em seu último trabalho para o
cinema mudo, mas porque traz a tona questões sociais vigentes da época, como a
substituição do homem pela máquina nas grandes indústrias, bem como a pobreza
das classes menos abastadas e, também, o modo como o capitalismo explorava o
trabalhador e propiciava conforto à burguesia.
O sonho de se viver bem, ou seja, numa moradia
decente onde a fartura sempre estivesse presente também é retratado no filme que
constantemente faz um apelo social ao mesmo tempo em que critica duramente os
modelos capitalistas onde o ritmo de trabalho é ditado pelo capitalista, que em
Tempos Modernos é retratado de forma parasitária, totalmente entregue a rotina
de comandar a velocidade do trabalho que, neste caso, se dá por meio do acionamento
de uma esteira que, dada parte do filme, acaba por engolir o operário,
transformando-o, metaforicamente, em apenas em mais uma de suas engrenagens.
Em relação a parte final do filme, observa-se a
existência de uma mensagem de esperança, muito embora ela não seja
necessariamente aplicável ao consciente coletivo e sim ao consciente individual
de um homem que não se deixou levar pela lógica capital e que, portanto, ainda
crê que haverá tempos melhores, seguindo, por conseguinte, rumo à sobrevivência
ou subsistência diante da máquina capitalista que, irremediavelmente, parece
querer engolir a todos.
Curiosidades
· Supostamente Tempos Modernos seria o primeiro
filme de Charlie Chaplin que utilizasse inteiramente um sistema de som.
Entretanto, no filme apenas pode-se ouvir ruídos quando vozes são ditas por
avisos de máquinas. Esta mudança foi feita pelo próprio Chaplin para tornar o
som um símbolo da tecnologia e da desumanização no filme.
·
Em Tempos Modernos ocorre a última aparição de
Charlie Chaplin como vagabundo.
·
Todas as canções de Tempos Modernos foram
compostas pelo próprio Charlie Chaplin.
Fonte: Adoro Cinema
Trailer não legendado
Gostei da dica Lucy. Já tinha ouvido falar desse filme e achei bem interessante. Vou anotar a sugestão. Beijo!
ResponderExcluirwww.newsnessa.com
Esse filme é muito bacana mesmo. Recomendo com a certeza de que você irá gostar quando assisti-lo :)
ExcluirOlá Lucilene,
ResponderExcluirO filme parece bastante interessante. Um clássico, eu diria. Mas sinceramente não sei se seria muito meu estilo.
Abraços,
http://milvidasparaler.blogspot.com.br/